Sebrae RS: 42% dos empresários pretendem expandir seus negócios em 2021

Os empresários estão mais confiantes com a retomada das
atividades, reflexo do avanço da vacinação e da perspectiva de melhora no
cenário econômico. É o que mostra a mais recente Pesquisa de Monitoramento dos
Pequenos Negócios, desenvolvida pelo Sebrae RS. O levantamento apontou que 42%
dos empresários pretendem expandir seus negócios no primeiro semestre deste
ano, seguidos de 39% que pretendem manter, 11% reposicionar, 5% retomar e 2%
reduzir. Apenas 1% dos entrevistados pretendem encerrar as atividades da
empresa.
"Estamos otimistas com a recuperação dos negócios,
especialmente no segundo semestre, porque o avanço da vacinação abre a
perspectiva de retomada do consumo, o que melhora a expectativa dos agentes
econômicos quanto à uma retomada próxima do crescimento, e destrava as decisões
de investimento", destaca o diretor-superintendente do Sebrae RS, André
Vanoni de Godoy, que concedeu entrevista a respeito para a Rádio Gazeta na
sexta-feira (19).
O reflexo disso está no percentual de apenas 12% das
empresas que permanecem sem funcionar, enquanto 88% estão operando. Por conta
disso, o faturamento também apresenta sinais de recuperação. O mês de janeiro
apresentou o melhor resultado da série, com 24% dos negócios sinalizando
aumento, 33% manutenção e 43% redução.
A pesquisa traz um novo foco de interesse dos empreendedores
gaúchos: o mercado. Citada por 40% dos entrevistados, a orientação sobre uso de
ferramentas digitais para o relacionamento com os clientes aparece entre as
prioridades, seguida da análise sobre tendências e perspectivas do mercado, com
29% de indicações, e alternativas para diversificar produtos e serviços, com
24% de preferência, superando as questões financeiras, que foram prioritárias
em 2020. Neste ponto, o capital de giro segue como foco de interesse para 38%
dos entrevistados.
Apesar de perder o primeiro lugar em 2021, a busca por
crédito no ano 2020 foi uma constante na vida de muitas empresas, já que 42%
delas buscaram recursos com terceiros. Naquelas que procuraram linhas de
crédito com agentes financeiros, o valor médio obtido foi de R$ 79,6 mil. O
dado ruim deste último levantamento é que, das empresas que fecharam
definitivamente em janeiro, 19% delas o fizeram por razões relacionadas ao
mercado (falta de clientes), financiamento (falta de capital de giro) e
incapacidade de reposicionar o seu negócio. A Pesquisa de Monitoramento dos
Pequenos Negócios foi realizada de 11 a 24/01. A margem de erro é de 3,4%.
(Com informações: Assessoria de Imprensa Sebrae RS).