Piolho: prevenção à infestação envolve familiares e escola
Consequências podem se manifestar no baixo desempenho
escolar, no desenvolvimento de anemia e no emocional da criança.
O convívio escolar está entre os principais fatores da
infestação por piolhos, fato que deixa as famílias atentas no período de volta
às aulas. Porém, a infecção parasitária também ocorre pela irregularidade dos
hábitos de higiene corporal e pode se manter com a resistência aos medicamentos
usados no tratamento, conforme aponta a secretária-geral da Sociedade de
Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) Denise Leite Chaves.
- Piolho não é um problema pessoal, é coletivo, e atinge
crianças de todas as classes sociais. O contágio é direto, pelo convívio com
pessoas parasitadas, ou indireto, através do uso de bonés, tiaras, toalhas e
roupas de cama. Por isso é importante os pais orientarem seus filhos a não
dividirem estes objetos e avisarem na escola quando a criança apresenta
infestação. Só um cuidado envolvendo familiares e profissionais da educação é
capaz de promover uma ação preventiva de tratamento ? afirma Denise.
Entre as consequências da infestação está o baixo desempenho
escolar por dificuldade de concentração, consequência da coceira contínua e
distúrbios do sono. No entanto, há ainda riscos à saúde e muitos casos que
podem afetar o emocional dos pequenos, por sofrerem bullying.
- Crianças com infestação severa podem desenvolver até
anemia devido ao fato do piolho sugar o seu sangue. Por outro lado, algumas são
pouco sensíveis às picadas, não sentindo coceira, o que pode facilitar uma
grande infestação, pois acaba servindo de foco de disseminação aos colegas ?
complementa a pediatra.
O tratamento pode ser feito pela aplicação de xampu e loções
ou remédios. Para que o primeiro método seja eficaz, deve ser aplicado
cuidadosamente, em volume adequado, em cabelos secos e em duas ocasiões
diferentes, com uma semana de intervalo. A detecção de piolhos vivos após 24
horas de um tratamento adequado sugere a utilização de uma nova medicação, de
acordo com Denise Chaves.
Já a opção por um recurso oral é adotada em casos
resistentes. Nesta situação deve ser observado o peso da criança, o recomendado
é a partir de 15 quilos. Também podem ser necessárias medicações adjuntas como
anti-histamínicos (antialérgicos) e, muitas vezes, antibiótico para tratamento
de infecção do couro cabeludo.
Fonte: Playpress.