IPE.


Ana Maria Leal
O IPE em Carazinho está fechado.
Conversei com algumas pessoas a respeito e, de fontes que
estão representadas por seus partidos no governo municipal, ouvi que foi uma
estratégia e tanto.
Primeiro, deixar, no ano passado, de encaminhar a renovação
do contrato entre município e estado.
Segundo, escolher enviar pelo correio a papelada referente,
o que, naturalmente, demora mais para chegar ao setor já que sem as vias mais
rápidas toda a correspondência chega a uma central, e depois vai sendo
despachada para a sua respectiva área. O que, em se tratando de um governo estadual, não é pouca coisa.
Algo que pode demorar dias, ou semanas.
Tempo que, naturalmente, compromete a resolução do assunto,
em qualquer órgão público, mais ainda um que atende um estado inteiro.
O fato é que a renovação do contato não aconteceu de forma
rápida a partir do encaminhamento que deveria ter ocorrido por parte da prefeitura
de Carazinho para causar um desgaste no atual governo estadual, e com as portas
do IPE fechadas, dizer que a culpa é do estado. Por tabela, do PSDB.
Simples assim.
Mas, de certa forma, afetando os usuários para um fim
político, de atingir o PSDB não apenas de Eduardo
Leite, mas municipal.
A servidora concursada que estava à frente do IPE, Cecilia Bertoldi, era vista como alguém
que poderia se destacar politicamente estando lá, no IPE.
Alguém do próprio MDB me disse que havia um receio de que o
partido quisesse incluir seu nome numa nominata a vereadora no ano que vem, e por
considerarem que ela é alguém que se comunica muito bem, que tem visibilidade, acharam melhor que
saísse de circulação.
Pelo menos, do IPE.
Foi designada para a Junta Militar.
Minar o adversário de uma futura campanha eleitoral, no caso os tucanos, a um ano
e 7 meses de os eleitores irem às urnas pode ser, mesmo, uma ótima estratégia.
A campanha de 2020 está em pleno andamento.